Espaço

31/03/2012 13:00

 

    Na pintura o espaço específico da obra de arte, onde o artista constrói sua realidade simbólica e expressa seus sentimentos, é chamado de espaço pictórico. Pode ser uma tela, um papel ou uma parede. Suas dimensões são muito importantes no resultado final das composições, podendo ser desde uma pintura em um pequeno azulejo, até os grandes afrescos de templos e catedrais que exploram as grandes dimensões e envolvem o corpo inteiro.

 

Mondrian

    No século XX com a arte moderna houve a ruptura com a representação ilusória do espaço, e as representações tridimensionais que predominaram por um largo período foram substituídas por pinturas planas, sem volumes (com exceção do surrealismo). A relação entre a figura e o fundo também foi rompida. Observe a pintura de Mondrian ao lado, onde ocorre a valorização das linhas e das cores, mas sem volume.

    Mas a arte também saiu das telas e tomou conta dos ambientes, tornando o espaço físico matéria para a criação artística, como ocorre nas instalações. As instalações são “lugares”, como uma sala ou um galpão, que oferecem estímulos de natureza visual, auditiva, tátil e olfativa, provocando várias sensações. O público habita a obra, sendo uma arte para o corpo todo, na descoberta do espaço. Neste tipo de arte o espaço é incorporado ao conceito do trabalho.

    Na arte digital o computador passa a ser o espaço de realização e da vivencia da obra, e a composição esta sujeita a todas as possibilidades de interação. Na dança e no teatro o espaço serve para o deslocamento dos atores e bailarinos, mas é um fator variável, pois as apresentações são sempre em locais diferentes. No cinema e na vídeo arte o espaço é recortado, ou seja ocorre um enquadramento, e o espaço é fragmentado. 

    Em cada tipo de arte o espaço ocupa uma função diferente.


Crie um site grátis Webnode